“Te encontrei” de Max Fellipe
pode ser o hit do ano, afirmam produtores
Tudo começou aos 11 anos de idade quando,
após vencer um concurso de canto na escola, Max Fellipe manifestou pela
primeira vez seu amor pela arte. A música era “Porto Solidão” de Jessé. A
partir dali seu destino já estava traçado. “Me lembro que no final da aula, os
professores pediam pra eu cantar “ On my on” em cima da mesa e eu adorava”,
disse.
Apesar da vitória no concurso, começava também ali uma árdua
etapa na vida de Max. A música que era seu grande ideal de vida, se
transformara num grande desafio: Superar o preconceito e o comportamento
agressivo e opressor de seu pai. Por causa disso, escondeu a vida toda o desejo de cantar e por medo de apanhar
desistiu de seu grande sonho. “Eu era apenas um garoto e tinha medo dele. Só
minha mãe sabia que eu queria ser cantor. Eu sabia que seria chamado de
vagabundo”, relembra.
Motivado a buscar sua independência financeira, aos 16 anos
arrumou seu primeiro emprego como office-boy e matriculou-se escondido dos pais num
curso de teatro. Lá se formou ator e aperfeiçoou o canto num conservatório
musical em Guarulhos, grande São Paulo. Aos 19 foi bater na porta da Rádio
Líder FM para pedir emprego. Foi contratado como redator e logo já fazia
locução. A voz grave era seu cartão de visita.
Anos após Max Fellipe já brilhava nos estúdios da Rádio Globo
em São Paulo tornando-se também repórter na CBN. “Agradeço ao Heródoto Barbeiro
pela grande oportunidade de minha vida, ele acreditou em mim”, disse. Mas o
futuro estudante de jornalismo queria mais e os convites para atuar na TV não
demoraram a chegar. Foi repórter e apresentador na extinta TV Manchete e logo
na RedeTV, SBT, Globo, Record e Rádio Eldorado além de paralelamente, atuar em
comerciais, teatro e novelas. Fez “Pícara sonhadora”, “Fala Dercy” e “Domingo
Legal” no SBT e atuou ainda em “Cidadão Brasileiro” na Record como Dr. Cyro ao
lado de Lucélia Santos, Gabriel Braga Nunes, Tuca Andrada, entre outros.
Com mais de 16 anos de carreira, decidiu abrir seu próprio
negócio e passou a atuar com assessoria de imprensa ao lado de grandes nomes da
música – Roberto Menescal, Alceu Valença, Biafra, Sérgio Reis, Claudio Zoli.
“Nesta época sentia que a música vivia me rondando. Entre um trabalho e outro
estava eu lá, envolvido com a música”, ressalta. A música então voltou a fazer
parte da vida deste paulistano. A facilidade de compor era nata e para matar a
saudade dos palcos, passou a cantar em karaokês em São Paulo.
Logo, o destino bateu a sua porta novamente quando, numa
madrugada do verão de 2003, dormindo no chão da sala de sua casa, Max Fellipe
compôs “Te encontrei”, a música que mudaria definitivamente sua história de
vida e que ficara guardada por mais de dez anos numa cômoda velha. “Foi um
presente de Deus. Letra e música nasceram prontas. Sempre tive certeza que ela
seria um sucesso. Minha intuição me dizia. Cheguei a mandar a letra para o Luan
Santana, Gustavo Lima e até para a Ivete, mas nunca tive resposta”, lembra ele.
Sem dinheiro para investir num grande projeto musical,
decidiu empreender novamente. Através de um amigo músico, conheceu os estúdios
das Fábricas de Cultura administradas pela Catavento Cultural, órgão do governo
estadual. Era o que ele precisava para enfim iniciar o trabalho. Ali, Max
Fellipe conseguiu produzir gratuitamente seu primeiro EP. Ali também nascia a
parceria de sucesso com o produtor Douglitz Soul quando juntos, produziram o
hit “Te encontrei”. “Douglas é um grande talento da música. Quando a cantei
para ele, senti sua vibração. Foram cinco meses de trabalho e quando a ouvi
pronta no celular pela primeira vez, chorei sentado na esquina de casa”,
lembra.
Com direção musical própria e produção de Douglitz Soul, “Te
encontrei” marca o lançamento do primeiro EP do artista e sua estreia como
cantor e compositor. O trabalho conta ainda com mais quatro faixas sendo três
autorais e uma regravação ainda em fase de produção. “Te encontrei”, um pop
romântico que conta a história de alguém que encontrou o grande amor de sua
vida, pode se tornar o hit do ano. Duas importantes gravadoras já manifestaram
interesse no trabalho e seguem em negociação. Perguntado sobre a carreira de
jornalista Max diz: “Fiz grandes amigos nas emissoras onde atuei. Fazer rádio e
televisão sempre foi uma paixão e o jornalismo me abriu grandes portas. Tenho
certeza que toda experiência adquirida só vai agregar no meu novo trabalho. Estou
muito feliz por ter realizado meu sonho. Foi difícil demais mas valeu a pena.
Sempre tive certeza que essa canção mudaria minha vida. A regra é insistir,
persistir. Só tenho a agradecer a Deus e a todos que acreditaram em mim, que
sonharam comigo, meu sonho. A música é minha verdadeira paixão”, finaliza Max
Fellipe.
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