segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Sem atendimento médico, mulher morre após fratura no braço

Um braço fraturado em duas partes, em um acidente de moto, há uma semana, no bairro de Bebedouro, Maceió, e uma série de supostas negligências médicas teriam provocado a morte da dona de casa Aldinez Maria da Silva, 38 anos, nesse final de semana. 
A denúncia foi feita na manhã desta segunda-feira (24), pelo marido da vítima, Paulo Alves dos Santos, 56 anos, que denuncia um suposto caso de negligência no atendimento pelo HGE.  .
Em nota, a direção do HGE informou que irá instaurar, em caráter de urgência, processo administrativo para apurar o caso.
Segundo a denúncia, Aldinez Maria da Silva, de 38 anos, teria sido socorrida no hospital após o acidente e, no local, foi constatado que ela fraturou o braço em dois lugares. Em vez de cirurgia, foi feita a imobilização do braço, com gesso. A mulher deixou o HGE com muita dor. Na terça-feira (18), Aldinez teria voltado à unidade pedindo ajuda e, nesse dia, ele teve apenas o gesso trocado, quando passou a se queixar de que ele estaria apertado. 

Com a circulação do sangue na região do braço prejudicada, o membro começou a necrosar e os sinais do problema começaram a ser percebidos por ela na quinta-feira, com um grande inchaço da mão. A paciente voltou ao HGE aos gritos e uma enfermeira teria dito que não poderia trocar o gesso mais uma vez.
Um médico, que teve seu nome preservado, teria se oferecido para operar Aldinez ao custo de R$ 3 mil. A família ainda juntou R$ 2 mil, mas o profissional não teria aceitado.
Só na sexta-feira, após descobrir que era diabética, Aldinez foi encaminhada para o Centro Cirúrgico com o braço gangrenado, ou seja, aprodrecido.
Uma imagem obtida pelo TNH1 por meio do Facebook mostra o estado em que ficou a mão da paciente.
A mulher teve o membro amputado, mas não resistiu à infecção, que tomou todo o corpo. Aldinez morreu no último sábado, dia do seu aniversário, e foi enterrada ontem (23).
O marido dela concedeu entrevista nesta manhã ao TNH1 para relatar todo o caso. Os filhos de Aldinez estavam transtornados. A família cobra a punição dos médicos e enfermeiros que atenderam a mulher. "Vamos levar isso adiante para que outros casos não venham acontecer", prometeu Gilvan José da Silva, de 18 anos, um dos cinco filhos deixados pela dona de casa.
Na manhã de hoje o HGE se pronunciou sobre o caso através de uma nota, onde afirma que a paciente foi atendida de acordo com os procedimentos estabelecidos no protocolo clínico, desde a entrada até o procedimento cirúrgico que terminou na amputação do braço de Aldinez Maria da Silva. A nota diz ainda que a a direção vai instaurar um processo administrativo para apurar a denúncia de negligência.
Leia a nota na íntegra:
"O Hospital Geral do Estado (HGE) informa que a paciente Aldinez Maria da Silva, 38 anos, recebeu atendimento médico às 15h23 do último dia 16 fevereiro, após sofrer um acidente de motocicleta na Chã de Bebedouro. . Após ser constatada fratura do membro superior esquerdo (braço), a paciente passou por todos os procedimentos estabelecidos no protocolo clínico referente ao atendimento ortopédico, que correspondeu à imobilização e medicação, sendo liberada posteriormente. .
No último dia 21, no entanto, a paciente retornou à unidade hospitalar, apresentando, segundo ficha de atendimento, suspeita de necrose em membro superior esquerdo. . Ela foi imediatamente encaminhada ao cirurgião vascular plantonista para avaliação, que verificou a indicação de amputar o braço. Diante do agravamento do quadro clínico da paciente, ela foi submetida a procedimento cirúrgico, mas a paciente infelizmente evoluiu para óbito às 19h20 do dia 22/02. .
A direção do HGE reitera que irá instaurar, em caráter de urgência, processo administrativo para o caso. . Após apuração dos fatos, todas as medidas serão tomadas, já que a unidade tem como missão assegurar assistência humanizada e de qualidade a todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS)". .

USP - ENFERMEIRO É O 1° COLOCADO EM VESTIBULAR PARA MEDICINA

Filho de um ex-vendedor de alho em Santo André, no ABC Paulista, o enfermeiro Cleidileno Teixeira Silveira abandonou dois empregos em 2013, nos quais ganhava cerca de R$ 7.000, para tentar, aos 34 anos, realizar o sonho de ser médico. Em janeiro deste ano, descobriu que passou em primeiro lugar no curso de medicina da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto (313 km da capital).
Com 62,91 candidatos para cada vaga, o curso em que Cleidileno foi aprovado era o mais concorrido da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) 2014, que seleciona alunos para a USP e para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
"Eu entrei em estado de choque quando me contaram, não conseguia juntar as palavras e cheguei a ficar sem dormir algumas noites", afirmou. O enfermeiro, que possui mestrado, dava aulas em faculdades e trabalhava na seção administrativa do hospital A. C. Camargo, que cuida de pacientes com câncer, área na qual pretende futuramente se especializar como médico.
  • José Bonato/UOL O enfermeiro Cleidileno Teixeira Silveira com a família em Ribeirão Preto, onde vai cursar medicina na USP
O futuro "doutor" disputou uma das cem vagas oferecidas em Ribeirão Preto com outros 62 concorrentes. Na primeira fase, acertou 70 dos 90 testes. Nas duas etapas do processo seletivo, obteve 851,7 dos mil pontos possíveis, segundo a Fuvest.
Silveira ajudou o pai a vender alho pelas ruas de Santo André e sempre estudou em escolas públicas. Ele diz que foi chamado de "louco" quando resolveu trocar a estabilidade profissional pelo banco do cursinho.
De segunda a sexta-feira, estudava cinco horas e meia por dia. No final de semana, dedicava 11 horas às apostilas "para tentar nivelar" com os colegas do curso pré-vestibular Anglo que iam prestar medicina, a maioria deles egressos de escolas particulares.
A primeira vez que Silveira tentou uma vaga em medicina foi em 1999. "Mas como trabalhava e estudava à noite, o resultado ficou muito aquém do que eu esperava", disse. Naquele ano, acabou ingressando em enfermagem na USP.
O enfermeiro afirma que decidiu levar adiante o sonho de cursar medicina quando soube que uma prima, moradora de Juiz de Fora (MG), havia se formado médica pelo sistema de cotas. A decisão aconteceu em setembro de 2012.

Poupança

Ele conta que tinha um "pé-de-meia" suficiente para cursar três anos de cursinho sem trabalhar. "Não esperava passar logo no primeiro ano." Além da USP, o candidato conseguiu vaga em outras quatro faculdades.
Com o dinheiro que sobrou, Silveira alugou uma quitinete na avenida do Café, em Ribeirão, pela qual se chega à entrada da USP.
No último final de semana, o enfermeiro recebeu a visita do pai, Antonio, 60, da mãe, Solange, e da irmã, Regiane, também enfermeira. "Estamos muito orgulhosos dele", falou o pai.
Silveira gostou da nova cidade. "Pretendo agora estudar bastante, também curtir a vida e voltar a treinar futebol", diz o enfermeiro, que jogou como lateral-esquerdo no Santo André, aos 12 anos, e no Rio Branco, aos 17 anos.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

ALCOOLISMO - O MAL DO SÉCULO

Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apontam que o alcoolismo é o principal motivo de pedidos de auxílio-doença por transtornos mentais e comportamentais por uso de substância psicoativa. O número de pessoas que precisaram parar de trabalhar e pediram o auxílio devido ao uso abusivo do álcool teve um aumento de 19% nos últimos quatro anos, ao passar de 12.055, em 2009, para 14.420, em 2013.
Os dados mostram que os auxílios-doença concedidos as pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas passaram de 143,4 mil. Cocaína é a segunda droga responsável pelos auxílios concedidos (8.541), seguido de uso de maconha e haxixe (312) e alucinógenos (165).
São Paulo teve o maior número de pedidos em 2013 por uso abusivo do álcool, com 4.375 auxílios-doença concedidos, seguido de Minas Gerais, com 2.333. Integrante do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo (CRESS-SP), o assistente social Fábio Alexandre Gomes ressalta que o aumento é extremamente superficial, visto que boa parte da população não contribui para o INSS e por isso não tem direito a este benefício.

"O impacto do álcool hoje na vida das pessoas é muito maior. Muitos casos inclusive de uso abusivo do álcool estão associados com a situação de desemprego. E a juventude tem iniciado experiências cada vez mais cedo", explica ele. "Tenho casos frequentes de crianças fazendo uso abusivo de álcool a partir dos oito anos. Estou acompanhando um menino que hoje, com dez anos de idade, usa crack, mas a porta de entrada foi o álcool", conta o assistente social ao relatar que por ser uma substância socialmente permitida em casa, acaba sendo de fácil acesso.
Ele também relata aumento sensível de mulheres que não aderem ao tratamento, fruto de preconceito social. "Na minha experiência como assistente, este consumo abusivo está ligado principalmente a relações de violência, sobretudo, amorosas. E geralmente o consumo é de cachaça", ressaltou. Ele criticou a concentração de políticas públicas dirigidas a substâncias ilícitas, quando o álcool é uma das substâncias lícitas cada vez mais usadas por adolescentes e mulheres, independentes da classe social. Gomes ressalta que faltam campanhas que falem do impacto do álcool na gravidez.
"O consumo do álcool durante a gestação é algo que não se discute muito. Muitas gestantes pensam 'ah está muito calor vou tomar só um copinho', sem saberem o impacto que isso tem na formação das crianças", alertou Alexandre Gomes.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

AIDS - NOVA VACINA PODERÁ SER TESTADA EM ATÉ TRÊS ANOS

A vacina desenvolvida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) contra o HIV, o vírus causador da Aids, deverá começar a ser testada em humanos em três anos. A informação é do pesquisador que coordena o projeto da vacina, Edecio Cunha Neto.

"[Um novo] estudo com os macacos deve acontecer dentro de uns cinco meses. É o tempo para a gente desembaraçar uma área de maior segurança. Esse estudo vai demorar de 20 meses a 24 meses. A partir desse momento, nós já poderemos fazer estudos em humanos. Isso significa que o estudo em humanos vai ser em uns três anos", disse, em entrevista a Agência Brasil.

De acordo com o coordenador, o estudo em humanos servirá para avaliar se a vacina é capaz de apresentar uma resposta imune eficaz e se é segura.

A vacina, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, já foi testada, com sucesso, em camundongos e em quatro macacos rhesus. O resultado obtido com os primatas surpreendeu os pesquisadores. "Fizemos esse teste piloto com um pequeno número de animais, com metodologia de vacinação que a gente imaginava que iria dar [certo] ou uma intensidade de resposta semelhante ou até menor do que a gente viu em camundongos. E a nossa surpresa foi que a resposta foi muito maior", destacou Edecio.

Dos quatro macacos testados, o que obteve pior resultado apresentou resposta quatro a cinco vezes maior do que a dos camundongos. O que respondeu melhor teve uma intensidade de resposta dez vezes maior. "Isso foi algo inesperado para nós, e foi alvissareiro [promissor]. Foi alguma coisa que nos estimulou a continuar trabalhando com o material."

Segundo Edecio Cunha Neto, o diferencial da vacina, em relação a outras em análise, é que ela tem como alvo partes do vírus que não se alteram na transmissão entre indivíduos. Segundo o pesquisador, um dos grandes problemas de se fazer uma vacina contra o HIV é que o vírus tem uma variação muito grande: seu genoma pode variar até 20% entre dois pacientes.

"A maior parte das vacinas experimentais hoje, em teste contra HIV, tanto em nível experimental, quanto em nível de teste em humanos, usa as proteínas inteiras do HIV como alvo. Nós não. Nós fizemos uma espécie de desvio para forçar que a resposta imune seja feita com determinadas regiões [que têm característica de não variar]. Temos um pacote que são 18 fragmentos do HIV, que têm essas capacidades [de não variar]", explicou.

Na próxima fase de teste, com macacos, deverão ser usados 28 animais. Para injetar os genes dos fragmentos do HIV, nos primatas serão usados vírus atenuados, como os das campanhas de vacinação. Dessa forma, espera-se que os macacos desenvolvam uma reação imunológica contra os fragmentos – que não variam – do HIV.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

CLAUDIO ZOLI - 30 ANOS DE SOUL

O cantor e compositor Claudio Zoli está comemorando 30 anos de carreira com o lançamento de seu novo single, Amar Amanhecer. Considerado um dos expoentes da soul music nacional, Zoli  fez história com os sucessos , Noite do Prazer, Cada um, cada um , A francesa entre outros além de ter suas composições gravadas por grandes nomes da MPB como Elba Ramalho e Zizi  Possi.

Conheça um pouco mais sobre a vida e obra de Claudio Zoli acessando o Link http://claudiozoli.com/presskitzoli/

Veja fotos, vídeos e conheça a história deste grande nome da soul music nacional.




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