O ator José Wilker, 66, morreu na casa da namorara, a jornalista
Claudia Montenegro, no Rio de Janeiro, na manhã deste sábado (5), vítima
de um infarto fulminante enquanto dormia. A informação
foi confirmado ao UOL pelo assessor do ator, Cláudio Rangel. "Nós
percebemos hoje de manhã. Graças a deus, ele não sofreu nada", afirmou
Rangel.
Wilker deixa as filhas Isabel, Mariana e Madá. Ele foi
casado quatro vezes, com as atrizes Renée de Vielmond, Mônica Torres,
Guilhermina Guinle, além de Claudia Montenegro.
O último
trabalho do ator foi na novela "Amor à Vida", em que ele interpretou o
médico Herbert. Antes disso, ele havia atuado em outra novela de Walcyr
Carrasco, "Gabriela". Ao todo, Wilker atuou em 29 novelas, incluindo
sucessos como "Roque Santeiro", "O Salvador da Pátria", "Anos Rebeldes" e
"A Próxima vítima".
Pegos de surpresa, colegas e amigos de
Wilker estão chocados. "O Zé é vivo ainda. Agora não adianta dizer o que
fica dele. Não se pensou nisso. Ninguém pensou. Ele é muito vivo,
presente, risonho, brincalhão", disse Vera Holtz ao UOL. Betty faria,
Tony Ramos, Arlette Salles, Antônio Calloni e Maitê Proença também
lembraram do como era a convivência com ele.
Nascido em
Juazeiro do Norte, no Ceará, no dia 20 de agosto de 1947, José Wilker
começou sua carreira como locutor de rádio no Ceará. Aos 19 anos, porém,
ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde começou a atuar. Um de seus
primeiros trabalhos foi o filme "A Falecida", de 1965, protagonizado por
Fernanda Montenegro.
Com uma extensa carreira também no
cinema, Wilker atuou em 49 filmes, como "Bye Bye Brasil", "Dona Flor e
Seus Dois Maridos", "Jango" e "Giovanni Improtta" - baseado em seu
famoso personagem da novela "Senhora do Destino".
Wilker também trabalhou como diretor, tendo sido o responsável por "Giovanni
Improtta" e pelo seriado "Sai de Baixo", da Globo. Ele ainda dirigiu as
novelas "Louco Amor", de 1983, e "Transas e Caretas", de 1984, assim
como a peça de teatro "Rain Man".
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