1 - Tamanho é documento? O item é o primeiro da lista porque muitos homens ainda se preocupam com a medida do seu órgão sexual. De acordo com a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), um pênis considerado normal mede de sete a 17 centímetros ereto. E é importante frisar que potência e tamanho não são proporcionais. Isso significa que a preocupação de não satisfazer a parceira por achar o membro pequeno é sem fundamento. "Apenas problemas físicos e psicológicos podem dificultar uma ereção, a conhecida disfunção erétil, mas isso não está relacionado ao tamanho do pênis", fala Maria Cristina Romualdo, terapeuta sexual responsável pelo atendimento psicológico do serviço de urologia e disfunções sexuais masculinas do Hospital São Paulo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). A encanação de não dar prazer à mulher também não faz sentido porque são os primeiro cinco centímetros de profundidade da vagina os mais ricos em terminações nervosas e, por isso, mais sensíveis.
4 - Sensibilidade: a glande, mais popularmente conhecida como cabeça do pênis, é a parte mais sensível do órgão sexual masculino, de acordo com Antônio de Moraes Júnior, coordenador do Departamento de Andrologia da SBU. Não é possível afirmar o número de terminações nervosas que ela tem (nem do pênis como um todo), mas a região proporciona bastante prazer ao homem. "Por ser muito sensível, deve ser estimulada adequadamente. Toques intensos e forte fricção podem gerar mais desconforto do que prazer ", fala Maria Cristina Romualdo, terapeuta sexual do Hospital São Paulo da Unifesp.
5 - Temperatura dos testículos: a região também apresenta sensibilidade aflorada, pois é composta de glândulas vascularizadas, por onde passa a corrente sanguínea. Produz espermatozoides e testosterona (hormônio) e por isso precisa ficar um grau abaixo da temperatura interna do abdômen, que é de 37ºC. "Números acima disso podem prejudicar a fertilidade masculina", afirma Antônio de Moraes Júnior, da SBU.
De acordo com a terapeuta sexual Maria Cristina Romualdo, dormir sem cueca ajuda a manter a temperatura ideal dos testículos, favorecendo a produção e a qualidade dos espermatozoides. "Mas ninguém precisa ficar pelado o dia inteiro, é só um cuidado a mais. Usar roupas que não apertem a região também é favorável."
7 - Circuncisão não afeta sensibilidade: a postectomia é a cirurgia feita para retirada do prepúcio --dobra de duas camadas de pele e mucosa que cobre a glande do pênis. O procedimento não é obrigatório, mas se faz necessário em algumas situações, como quando o homem apresenta balanopostite (inflamação por fungo na região) e por motivos religiosos (caso dos judeus). O urologista Moraes Júnior afirma que, como a sensibilidade está na glande, retirar o prepúcio em nada a afeta. "Porém, quando o procedimento é feito em um homem já adulto, é preciso paciência, pois o lado psicológico pode fazer com que leve um tempo até que tudo volte ao normal. Se alguma dificuldade persistir, procure um médico."
8 - Pênis "quebra": o órgão não tem osso, mas pode sofrer lesões nas cavidades cavernosas se for dobrado ou envergado rapidamente. A forma mais comum de acontecer é durante a relação sexual, quando a mulher está por cima. "Com a ereção, o pênis se torna muito rígido e, se escapar durante o sexo, pode bater no períneo da mulher e lesionar gravemente. Faz um barulho, o homem sente muita dor e a ruptura é visível por causa da hemorragia, que o deixa com uma cor roxa escura", afirma Sidney Glina, urologista do Einstein.
Os especialistas aconselham, diante de um acidente como esse, procurar assistência médica imediatamente, pois o ferimento não vai se curar sozinho e, muitas vezes, uma cirurgia é necessária. "A sequela mais comum é a doença de Peyronie, que deixa o pênis torto quando está ereto e impede a penetração. Nesses casos, é preciso uma nova operação para corrigir", afirma Antônio de Moraes Júnior, da SBU. O especialista diz que esse tipo de caso é diferente do pênis torto congênito, que só é necessário reparar quando traz prejuízos para a vida sexual do homem.
9 - Ereções noturnas e orgasmo: o urologista Sidney Glina afirma que os homens passam 20% do tempo de sono com o pênis em ereção. "Podem ocorrer várias, mais precisamente durante o sono REM (estágio no qual ocorrem os sonhos), e duram de 30 a 40 minutos cada uma." Segundo o especialista, o homem só percebe a ereção quando desperta no meio da noite com vontade de fazer xixi, por exemplo.
De acordo com Glina, não é possível precisar o tempo médio de um orgasmo masculino, mas se estima que sejam milésimos de segundos. "O orgasmo masculino é uma das coisas mais pouco estudadas. O assunto não é muito explorado porque os homens não têm tantas questões a respeito, como as mulheres, que nem sempre conseguem atingi-lo."
10 - Sinais de perigo e higiene: os homens levam vantagem sobre as mulheres no que se refere a identificar problemas no órgão sexual. Como o pênis é externo, qualquer mancha ou sinal de que há algo errado é facilmente percebido. "Se não surgiu por algo que justifique alteração, como uma masturbação mais intensa, o ideal é procurar um médico", afirma a terapeuta sexual Maria Cristina Romualdo.
A falta de higiene da área está associada a várias doenças, não como causa, mas como agente facilitador. Por isso, lavar com água e sabonete toda a região genital e secar, sem deixar umidade, ajuda na prevenção. "Para aqueles que têm prepúcio, puxar a pele e expor a glande para lavar também é importante", fala Maria Cristina.
Fonte:Uol
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