A noite mais violenta do ano na Grande São Paulo, deixou ao menos 20
pessoas mortas e sete feridos em Osasco e Barueri em um intervalo de
aproximadamente duas horas e meia, na noite desta quinta-feira (13).
Na maioria dos casos as ações foram semelhantes. Homens encapuzados
estacionaram um carro, desembarcaram e dispararam vários tiros contra as
vítimas.
Em alguns locais dos crimes, testemunhas disseram que os assassinos
perguntaram por antecedentes criminais, o que definia vida ou morte das
pessoas.
Uma chacina deixou dez mortos em um bar na rua Antônio Benedito
Ferreira, no bairro Munhoz Junior, em Osasco, por volta das 20h30.
Quatro das vítimas morreram no local e outras seis no Hospital Jardim
Mutinga.
Por volta da 1h30 desta sexta-feira (14), vários moradores da região ainda olhavam assustados a cena do crime.
Um homem, que não quis se identificar, disse que uma das vítimas
trabalhava como auxiliar de caldeira e costumava parar no bar para tomar
um conhaque antes de ir para casa.
Outra moradora falou que um dos baleados morreu sentado na cadeira do lado de fora do bar.
Um dos peritos da Polícia Civil disse espantado: “nunca vi uma noite
com tantos mortos em São Paulo”. Várias equipes trabalharam durante toda
a madrugada na investigação.
No Jardim Elvira, um jovem foi morto em frente a uma sorveteria na rua Professor Sud Menucci.
A pouco mais de 5 km, o técnico de celulares Jorge Henrique Lopes
Ferreira, 31, chorava a morte do único irmão. Davidson Lopes Ferreira,
26, foi encontrado morto com mais de dez tiros na rua Vitantônio D’Abril, na Vila Menck.
Segundo Ferreira, um amigo que acompanhava Davidson disse que foi
conversar com uma pessoa quando ouviu o barulho de tiros. Em seguida,
viu o amigo baleado e suspeitos fugindo em uma moto.
Ferreira lembra com tristeza que esta é a segunda vez que um parente é
assassinado. “Quando eu tinha 13 anos meu pai também foi morto. Aí eu
passei a cuidar do meu irmão, a gente morava no mesmo quintal”, falou.
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