O Movimento Passe Livre marcou um protesto contra o reajuste da tarifa,
de R$ 3 para R$ 3,50, para o próximo dia 9 de janeiro, em frente ao
Theatro Municipal.
O aumento vale a partir do dia 6.
Além dos ônibus municipais, tarifas do Metrô e da CPTM também sofrerão
reajuste de R$ 3 para R$ 3,50, segundo ofício da Secretaria de Estado
dos Transportes Metropolitanos enviado à prefeitura, ao qual a
reportagem teve acesso.
O comunicado ainda informa que as tarifas do Madrugador e Da Hora
passarão de R$ 2,50 para R$ 2,92 e o Cartão Lazer, de R$ 25 para R$
29,20.
Já o Cartão Fidelidade aumentará nas três modalidades: 8 viagens (R$ 26), 20 viagens (R$ 62,70) e 50 viagens (R$ 148,75).
Em junho do ano passado, Haddad e Alckmin chegaram a aumentar as tarifas
de ônibus e metrô para R$ 3,20, mas revogaram o reajuste após uma série
de manifestações idealizadas pelo MPL que se espalharam também por
outras capitais do País onde houve anuncio semelhante.
Tais
manifestações, que agregaram outras entidades e demandas da população na
sequência, também incorporaram protestos em relação à organização da
Copa do Mundo de 2014, surpreenderam a classe política brasileira e
chegaram a afetar a popularidade de governantes.
Conforme a
Prefeitura de São Paulo, com o reajuste anunciado, a integração dos
ônibus com metrô e trem custará R$ 5,45, ante os R$ 4,65 atuais. O
aumento das passagens valerá para usuários do bilhete único comum e para
quem pagar a tarifa com dinheiro na catraca do coletivo. O reajuste não
será aplicado para usuários de bilhete único mensal, semanal ou diário,
que hoje custam R$ 140, R$ 38 e R$ 10, respectivamente.
A
despeito do aumento nas passagens, a Prefeitura de São Paulo anunciou
que haverá concessão de passe livre estudantil nos ônibus para todos os
alunos da rede pública e também para os de baixa renda na rede privada.
Estudantes de nível superior com o financiamento do ProUni ou com cotas
raciais e sociais também estarão isentos.
No comunicado que
informa sobre a manifestação do dia 9 de janeiro o Movimento Passe Livre
reconheceu que a isenção para os estudantes é uma "conquista da luta do
povo", que foi às ruas no ano passado.
Alertou, porém, que a
medida da Prefeitura ainda não é a desejada "tarifa zero". "A medida
ainda está longe do que é fundamental: enquanto o transporte continuar
sendo tratado como mercadoria e enquanto houver tarifa e aumentos,
haverá luta da população, se organizando e resistindo em cada canto da
cidade", escreveu o MPL.
"Não aceitaremos nenhum centavo a mais!
Agora é de R$ 3 para baixo, até zerar!", destacaram os representantes do
movimento, no intuito de estender o benefício da isenção para toda a
população.
Na avaliação do MPL, cada vez que a tarifa sobe,
aumenta o número de pessoas excluídas do transporte coletivo. "Com menos
gente circulando, novos aumentos serão necessários, numa espiral que
diminui cada vez mais o direito à cidade da população", salientaram os
representantes do movimento.
'Aula pública'
Além
da manifestação do dia 9 de janeiro, o MPL já anunciou que realizará,
no dia 5, uma "aula pública" contra a tarifa. Este outro ato específico
deverá acontecer em frente à sede da Prefeitura de São Paulo.
Fonte:Agora
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