Brasileiro desbanca os melhores do mundo em título inédito
As cores verde e amarela tomaram conta da praia logo após a confirmação
do título de Medina, que deixou o mar durante sua bateria contra Filipe
Toledo, pelas quartas de final, e seguiu para a areia para comemorar
com a torcida brasileira. Restando apenas 13 minutos para o fim da
prova, Gabriel voltou ao mar para continuar a disputa e, com 4,30 contra
3,27, levou a melhor sobre Filipinho, avançando assim à semifinal.
O Havaí jamais sairá da memória de Gabriel Medina. Em Pipeline, nesta
sexta-feira (19), ele se tornou o primeiro brasileiro a conquistar o
título do Circuito Mundial de Surfe (WCT).
Medina, que chegou à ilha americana como líder do ranking da ASP
(Associação dos Surfistas Profissionais), assegurou a conquista depois
que o também brasileiro Alejo Muniz bateu o australiano Mick Fanning na repescagem (quinto round) por 6,53 a 2,84.
"E queria agradecer o trabalho que todos fizeram por mim. Queria
agradecer minha mãe e meu pai. O que eu sonhava hoje se tornou
realidade", disse o brasileiro durante a bateria das quartas de final.
Mas o título mundial viria de qualquer forma, já que Gabriel Medina
avançou até a final, resultado que precisava para não depender de
Fanning. Na decisão, porém, perdeu para o australiano Julian Wilson
(19,63 a 19,20), que de quebra também acabou ficando com o título da
Tríplice Coroa Havaiana (Haleiwa, Sunset e Pipe Masters).
Com o título mundial, Gabriel Medina desbancou - além de Fanning -
também o astro Kelly Slater, dono de 11 títulos, que acabou sendo
eliminado da etapa ainda no terceiro round pelo mesmo Alejo Muniz.
"Não
há como negar isso ... esse cara se destacou durante todo o ano.
Gabriel Medina é muito merecedor do Mundial, elogiou Slater.
Aos 20 anos (completará 21 no dia 22 de dezembro), Medina se iguala a Slater como o mais jovem a conquistar um título mundial.
Além disso, obtém outros feitos importantes. É o primeiro sul-americano
na era do profissionalismo a levar a taça e apenas o terceiro nascido
fora dos Estados Unidos, Austrália e Havaí a conseguir tal façanha. Os
outros haviam sido o sul-africano Shaun Tomson (na IPS, em 1977) e o
britânico Martin Potter (já pela ASP em 1989).
Medina teve um ano, de fato, especial. Em apenas sua quarta temporada
completa no WCT, o brasileiro conseguiu três vitórias. Foi primeiro
colocado nas etapas de Gold Coast (Austrália), Teahupoo (Taiti) e Fiji.
Seus piores resultados foram no Rio de Janeiro e em Peniche (POR),
quando acabou eliminado logo na terceira fase, o equivalente à 13ª
posição.
Até 2014, a melhor colocação de Medina no ranking mundial ao fim de uma
temporada havia sido em 2012, quando acabou no sétimo posto. Em 2013,
terminou somente em 14º.
Fonte: Uol
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