O motoboy Sandro Dota, acusado de matar e
estuprar a cunhada Bianca Consolli confessou, por meio de uma carta, ser
o assassino da estudante. Em uma carta de confissão encaminhada à Justiça, ele disse que foi o autor do crime, porém não estuprou Bianca, como acusa o Ministério Público.
Bianca foi encontrada morta em 2011 dentro da casa onde vivia com seus pais, na zona leste de São Paulo.
Robson Ventura - 13.dez.2011/Folhapress
O motoboy Sandro Dota é acusado da morte da estudante Bianca Ribeiro Consoli, de 19 anos, em setembro de 2011
O motoboy Sandro Dota é acusado da morte da estudante Bianca Ribeiro Consoli, de 19 anos, em setembro de 2011
Sandro Dota escreveu a carta no dia 2 de agosto de dentro da
Penitenciária 2 em Tremembé (147 km de São Paulo). Segundo o advogado
Aryldo de Paula, o motoboy confessou, pois estava com "peso na
consciência". "Ele contou que havia sido o autor do crime para a equipe
de advogados. Orientamos ele a escrever uma carta de próprio punho e
encaminhar a Justiça com a confissão", disse.
De acordo com o
representante do motoboy, a decisão poderá reduzir o tempo de prisão que
será estipulado pelo júri no próximo dia 16 de setembro, quando será
retomado o julgamento do caso. "Como ele não foi preso em flagrante, a
confissão dá mais segurança para aplicação da pena", explicou de Paula.
O julgamento do caso começou no dia 23 de julho, porém foi suspenso,
pois, na época, Dota havia dito que não confiava mais em seu defensor, o
advogado Ricardo Martins, e pediu que ele fosse retirado do caso.
Bianca foi morta na noite de 13 de setembro de 2011. Ela foi encontrada
com um saco plástico na cabeça e sinais de enforcamento.
Os pais de
Bianca estavam trabalhando e ela estava sozinha em casa quando foi
assassinada. A tia dela, que mora ao lado, estranhou ao ver as janelas
da casa abertas, com todas as luzes e TVs ligadas. O portão estava
trancado.
A estudante Bianca Ribeiro Consoli, 19, foi assassinada em sua casa, em 2011, na zona leste de São Paulo
A estudante Bianca Ribeiro Consoli, 19, foi assassinada em sua casa, em 2011, na zona leste de São Paulo
Quando a mãe da jovem chegou, chamou um primo de Bianca, de 10 anos,
para pular o portão e abri-lo por dentro. Os familiares, então, entraram
na casa e encontraram a jovem estendida na sala, perto de uma porta que
dá acesso à sacada. Alguns móveis da casa estavam revirados, mas nada
foi roubado.
A juíza Fernanda Afonso de Almeida precisou dissolver o conselho de sentença e o julgamento voltou para a estaca zero.
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