quarta-feira, 10 de julho de 2013

Metroviários de SP decidem não parar atividades nesta quinta-feira

Os metroviários de São Paulo decidiram em assembleia realizada na noite desta quarta-feira que não vão parar as atividades amanhã, dia nacional de mobilização das centrais sindicais. A direção do sindicato da categoria afirma que apoia o movimento, mas não vai alterar as atividades.
O governo paulista havia conseguido na Justiça uma liminar que impedia a paralisação nos horários de pico, com a categoria podendo ser multada em R$ 100 mil no caso de descumprimento. A categoria havia feito uma assembleia na semana passada onde havia sinalizado que poderia haver a paralisação.
Na decisão de hoje, o Tribunal Regional do Trabalho exigiu que os funcionários trabalhassem normalmente das 6h às 9h e de 16h às 19h, "para assegurar 100% das operações das linhas de metrô". Nos demais horários, a Justiça permitiu que o contingente de trabalhadores fosse de 70%.
Mais cedo, os três sindicatos responsáveis pela linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também decidiram não aderir a paralisação.
Também nesta quinta-feira, um grupo pertencente ao Sindicato dos Motoristas e Cobradores dos Ônibus ameaça fechar os 29 terminais de ônibus da capital paulista a partir das 9h. Nesta quarta, 16 terminais foram fechados por membros da oposição do sindicato.
O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e o Movimento Periferia Ativa também prometem participar do "Dia Nacional de Lutas" bloqueando vias em São Paulo. Distrito Federal, Rio de janeiro, Tocantins, Ceará e Roraima também tem atos programados.
Na capital paulistas, os militantes devem bloquear a partir das 16h o entroncamento da rodovia Régis Bittencourt com o Rodoanel, na região de Embu das Artes (Grande São Paulo).
Também na Grande São Paulo, em Santo André, o terminal Vila Luzita e a avenida Mario de Toledo Camargo devem ser palco de protesto a partir das 7h.
Às 10h, os movimentos ganham o apoio dos trabalhadores da Feira da Madrugada e devem bloquear uma das vias mais importantes de São Paulo, a avenida do Estado.
Entre as reivindicações, estão uma política de combate a despejos forçados (envolvendo a criação de um secretaria vinculada ao Ministério das Cidades), construção de política federal de aluguel social e tarifa zero para o transporte público.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que vai acompanhar as manifestações. A pasta afirmou que recebeu, na semana passada, representantes da Força Sindical e da UGT, que entregaram uma lista com 35 pontos da região metropolitana. As entidades assumiram o compromisso de realizar os atos de maneira pacífica e tranquila, acrescentou a secretaria.
ÔNIBUS
Nesta quarta-feira, os 16 terminais de ônibus foram fechados por membros da oposição do sindicato dos motoristas e cobradores de São Paulo. Os bloqueios duraram cerca de quatro horas e afetaram ao menos 400 das 1.320 linhas da cidade.
Segundo a SPtrans (empresa municipal de transporte), foram bloqueados hoje os terminais Santo Amaro, Parque D. Pedro 2º, Capelinha, Campo Limpo, Grajaú, Varginha, João Dias, Lapa, Cachoeirinha, Pirituba, Casa Verde, Vila Prudente, Jabaquara, metrô Santana, Sacomã e Mercado, do Expresso Tiradentes.

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